
Na manhã de hoje, 16 de dezembro de 2025, educadores sociais da RNP+ Ceará estiveram no Hospital São José para a realização de mais uma roda de conversa com pacientes, reafirmando o compromisso com o acolhimento, a informação qualificada e a defesa da vida.
Logo no início do diálogo, foi lembrada a importância do Dia Mundial de Luta contra a AIDS (1º de dezembro), que, mesmo quando passa despercebido no calendário institucional, permanece vivo na memória e na vivência cotidiana de quem convive com o HIV/AIDS. A partir dessa lembrança, o encontro seguiu com uma fala sensível e comprometida, reforçando que a luta continua todos os dias e que é possível seguir adiante com dignidade, cuidado e esperança.

Durante a roda, os educadores sociais apresentaram o trabalho desenvolvido em parceria com a GSK, destacando a responsabilidade e a seriedade do projeto voltado ao fortalecimento da adesão ao tratamento, elemento fundamental tanto para quem já vive com HIV/AIDS quanto para quem recebeu o diagnóstico recentemente. O cuidado contínuo foi abordado como um ato de amor próprio, essencial para a saúde do corpo e da mente.

Também foram compartilhadas informações sobre direitos das pessoas vivendo com HIV/AIDS, tema em destaque na cartilha azul (distribuída pela RNP+ Ceará), além de orientações sobre outras infecções sexualmente transmissíveis (IST), especialmente sífilis e tuberculose, que exigem atenção e acompanhamento adequados. A conversa reforçou ainda a importância da PEP e da PrEP como estratégias fundamentais de prevenção ao HIV.

O enfrentamento ao estigma e ao preconceito esteve no centro da reflexão. Os educadores ressaltaram que o preconceito não pode ocupar espaço na vida de quem vive com HIV/AIDS, e que o fortalecimento da autoestima, do autocuidado e do amor-próprio são pilares para uma vida plena. Viver, se amar e buscar felicidade foram colocados como direitos inegociáveis.
Outro ponto de destaque foi a apresentação da RNP+ Ceará (Rede Nacional de Pessoas Vivendo com HIV e AIDS no Ceará) como uma verdadeira casa-mãe, um espaço de acolhimento, escuta, apoio e fortalecimento coletivo. O trabalho da ONG foi descrito como uma construção diária, feita “como formiguinhas”, por pessoas que se dedicam ao cuidado com o outro, oferecendo abraço fraterno nos momentos de dor, desespero e fragilidade.

A roda de conversa também abordou a prevenção combinada, enfatizando a integração entre estratégias biomédicas, comportamentais e estruturais, sempre alinhadas à garantia dos direitos humanos, às evidências científicas e à compreensão dos contextos locais. O foco permanente foi o acolhimento das pessoas vivendo com HIV/AIDS (PVHA).
Foi reforçada ainda a importância da testagem regular, essencial para o diagnóstico precoce, início oportuno do tratamento e para a proteção da saúde individual e coletiva, contribuindo para a prevenção de novas infecções.
Ao longo do encontro, dúvidas foram respondidas com atenção, respeito e linguagem acessível, fortalecendo o vínculo entre educadores, pacientes e profissionais de saúde. Materiais educativos foram distribuídos, ampliando o acesso à informação.
A equipe foi calorosamente recebida pelos profissionais do SAE Hospital São José, com registro do encontro ao lado de Tatiana Pereira (coordenadora), Aline de Souza (recepção) e das atendentes da sala de espera Giselle de Araújo e Maria Beatriz.

Encerrando a atividade, os educadores sociais Francisco das Chagas e Ivoneide Santos realizaram a entrega da folha de frequência aos pacientes, reafirmando o compromisso com um trabalho ético, afetivo e comprometido com a vida.




