Na manhã do dia 12 de dezembro de 2025, o SAE Caucaia foi espaço de escuta, troca e acolhimento durante uma roda de conversa conduzida pelos educadores sociais Dandara Albuquerque e José Silva. O encontro reuniu usuários do serviço para dialogar sobre estigma, preconceito, tratamento do HIV e estratégias de prevenção, em um ambiente marcado pelo respeito e pela partilha de vivências.
Durante o encontro, foi enfatizada a importância do diagnóstico precoce como fator determinante para um tratamento mais eficaz e para a melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV. Os educadores também abordaram a prevenção combinada, destacando o uso de preservativos e da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) como estratégias fundamentais na redução de riscos.
Outro ponto central da conversa foi a explicação de que a combinação entre diagnóstico positivo e adesão ao tratamento é o caminho mais eficaz para alcançar a carga viral indetectável, o que garante mais saúde, bem-estar e impede a transmissão do HIV. A adesão ao tratamento também implica em rastreio regular de outras ISTs, dentro de uma lógica de cuidado integral.
O serviço de saúde do SAE Caucaia conta com a coordenação de Geórgia Correia e uma equipe multidisciplinar composta por infectologistas (com atendimento em dois dias da semana), farmacêutica responsável pela dispensação dos medicamentos e atendimento psicológico, oferecendo suporte integral às pessoas recém-diagnosticadas e às que já estão em acompanhamento.
Durante a roda de conversa, os usuários participaram ativamente, compartilhando experiências de vida e trajetórias após o diagnóstico. Alguns relataram que falam abertamente sua sorologia, enquanto outros ainda optam por mantê-la em sigilo, por medo do julgamento social. Houve também quem afirmasse sua visibilidade como forma de enfrentamento ao preconceito. Cada fala, cada silêncio, foi acolhido com respeito, fortalecendo o sentimento de pertencimento e cuidado coletivo.
Momentos como esse reafirmam que informação, escuta e afeto são ferramentas potentes no enfrentamento ao HIV, contribuindo para o fortalecimento coletivo, a construção de vínculos e a promoção do cuidado em saúde de forma digna e humanizada.
