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Maioria diz que gênero e sexualidade devem entrar no currículo escolar, diz pesquisa encomendada pelo MEC

 

06/02/2019 às 19:55:21

Uma pesquisa interna encomendada pelo Ministério da Educação (MEC) no ano passado apontou que a maioria dos brasileiros é favorável à inclusão de questões sobre gênero e sexualidade no currículo escolar. Nunca divulgado publicamente, o levantamento foi obtido com exclusividade pela TV Globo por meio da Lei de Acesso à Informação.

Segundo a pesquisa, 55,8% responderam “sim” se a “abordagem sobre as questões de gênero e sexualidade deve fazer parte do currículo escolar”. Outros 38,2% foram contra a medida, e 6% dos entrevistados não souberam responder.

Os entrevistados também foram questionados sobre quais são os principais problemas nas escolas públicas (assista mais no vídeo acima).

A pesquisa foi feita pelo Instituto GPP e custou ao MEC R$ 216.240,00. O instituto já realizou uma série de pesquisas para empresas, públicas e privadas, bem como para políticos.

Procurado, o MEC confirmou a compra da pesquisa pela gestão anterior, mas não esclareceu os motivos de tê-la contratado e nem do porquê de nunca ter tornado públicos os seus resultados. O governo não comentou os resultados do levantamento.

Diferenças regionais
A quantidade de pessoas favoráveis a essa abordagem aumenta na região Sul (63,1%) e Centro-Oeste e Norte (60,4%). Na região Sudeste, 52,5% concordaram com a afirmação. A afirmação ganha respaldo também entre a maioria dos católicos (57,5%), mas não entre evangélicos, grupo em que apenas 46,7% defendeu a inclusão do tema no currículo.

O levantamento também questionou se o preconceito contra os gays é um tema que deveria ser incluído no currículo – 65,2% defenderam a medida.

Os dados contrastam com a visão da atual gestão do Ministério da Educação. O ministro Ricardo Vélez Rodríguez já fez críticas públicas à discussão de gênero no currículo e chegou a afirmar que “quem define gênero é a natureza”.

O termo “ideologia de gênero”, um conjunto de ideias que defende que cabe a cada pessoa se definir homem ou mulher e é frequentemente usado por grupos religiosos para criticar a discussão sobre gênero no ambiente escolar, também foi alvo da pesquisa. A maioria dos entrevistados (62,6%) não soube definir o que a expressão significa. Dentre os que sabiam (37,4%), a maioria (52,3%) disse ser contra o tema estar no currículo escolar, ante 45% de favoráveis.

Racismo e cotas

Sobre o preconceito contra os negros nas escolas, a maioria (77,2%) acha que ele existe bastante e é muito grave. Este índice é maior entre os mais pobres (84,0%) e entre quem mora na região Nordeste (85,4%). A maioria (77,2%) acha que este é um tema que deveria ser incluído no currículo escolar.

Também ganhou destaque no levantamento o tema das cotas raciais – neste caso, a população se dividiu. A maioria da população (62,6%) é favorável à existência de cotas para o ingresso nas universidades, mas as pessoas se dividem em relação ao tipo de cota.

Os que são favoráveis ao fim da existência de qualquer tipo de cota representam 32,7%. Este índice é maior entre os mais velhos (37,2%) e os de renda familiar mais alta (38,5%).

Quase um terço dos entrevistados (32,7%) são favoráveis à existência somente de cotas sociais, destinadas aos alunos mais pobres e estudantes de escolas públicas, independentemente da cor. Este índice é maior entre os mais jovens (36,1% entre o grupo de 16 a 24 anos e 38,6% entre os que têm de 25 a 34 anos) e entre os de renda familiar mais alta.

Já 29,9% dos entrevistados disseram ser favoráveis à existência de dois tipos de cotas, as destinadas aos alunos mais pobres, estudantes de escolas públicas e as cotas raciais, destinadas aos alunos negros. Nesse caso, o índice continua mais alto entre os mais jovens (36,9% no grupo de pessoas de 16 a 24 anos, mas cresce também entre as pessoas com a renda familiar mais baixa (38,3%).

Sobre a pesquisa
O levantamento feito pela consultoria contratada pelo MEC ouviu 2.004 pessoas de 11 estados e do Distrito Federal, representando todas as regiões do país. O tamanho da amostragem é semelhante ao de pesquisas eleitorais nacionais, como a que é feita pelo Ibope, seguindo critérios científicos.

As entrevistas foram conduzidas em janeiro de 2018, mas apenas para uso interno do ministério. Desde então, não foram feitos outros levantamentos do tipo.

Fonte: G1

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